Prevenção

5 respostas para dúvidas comuns sobre o câncer de próstata

Um a cada seis homens pode ser diagnosticado com câncer de próstata. A doença, que atinge principalmente homens acima dos 50 anos, é o segundo tipo de câncer mais comum no sexo masculino, atrás apenas do de pele não-melanoma.

Apesar da alta incidência, falta informação e sobra preconceito sobre a doença. Isso porque é baixo o número de homens que procuram, ao longo da vida, um médico urologista.

Novembro Azul

O dado preocupa, já que o especialista não trata só da próstata. Urologistas diagnosticam problemas relacionados ao sistema urinário de homens e mulheres, além de cuidarem do sistema reprodutor masculino.

Segundo uma pesquisa Sociedade Brasileira de Urologia, mais de 50% dos homens nunca foi à(ao) urologista. O principal motivo apontado por eles é a falta de tempo (33%).

Para lidar com a situação, foi criada a campanha Novembro Azul, uma forma de orientar melhor o homem sobre a doença. Como objetivo, a ação anual também busca incentivar que os homens cuidem da própria saúde.

1) Quem está mais suscetível a ter câncer de próstata?

Os principais fatores de risco do câncer de próstata são a idade e o histórico familiar. Homens com até três parentes com câncer de próstata têm cinco vezes mais chances de desenvolver a doença.

A idade de risco é a partir dos 50 anos, quando especialistas indicam iniciar as consultas periódicas ao urologista. Contudo, quem tem familiar com a doença, deve ir ao médico a partir dos 45 anos.

Além disso, a cor da pele também influencia: homens negros têm maior probabilidade de desenvolver o câncer de próstata. Por isso, essa população deve começar as consultas com a(o) urologista aos 45 anos.

2) Quais os sintomas?

Na fase inicial, o câncer de próstata não tem sintomas. A doença demora, em média, quatro anos para se manifestar.

Quando o câncer alcança um estágio avançado, o corpo sofre algumas mudanças: o jato de urina fica fraco e há dor durante a micção. O aparecimento de impotência e a presença de sangue na urina ou sêmen também são indícios.

A presença desses sintomas, no entanto, não necessariamente significa câncer, já que as características são semelhantes a de hiperplasia benigna. Por isso, o indicado é sempre procurar um médico o mais rápido possível.

Um exame laboratorial sanguíneo, o PSA, sigla para Antígeno Prostático Específico, ajuda a diagnosticar alterações na próstata como prostatite, hipertrofia benigna da próstata ou câncer de próstata. Para confirmar o câncer, contudo, é preciso fazer o exame de toque também.

3) Quando preciso fazer exame de toque?

O exame de toque retal é a principal forma de detectar lesões precoces na próstata. Nenhum exame de imagem é capaz de fazer esse diagnóstico.

Diferente do que muitos pensam, o exame não é incômodo e é extremamente rápido. Em média, um exame de toque dura 15 segundos. Apenas 15 segundos.

Nesse tempo, o especialista introduzir o dedo na região retal (canal que liga o ânus ao reto) para verificar se existe alguma alteração na próstata. Não tem nada a ver com sexualidade, é uma questão de saúde.

4) Câncer de próstata não é sinônimo de morte?

Apesar de ser uma doença grave, com tratamento invasivo em alguns casos, a maioria dos homens diagnosticados com câncer de próstata não morre por causa dele. Mas atenção: disso não se depreender que não se deva buscar apoio médico ou tratamento especializado.

5) Qual o tratamento do câncer de próstata?

O tratamento depende do estadiamento da doença (se está apenas na próstata ou se espalhou), da idade do paciente e da expectativa de vida. Impactam também as decisões e expectativas do próprio paciente, como a relação dele com os efeitos colaterais.
Os tratamentos mais usados contra o câncer de próstata são cirurgia, radioterapia e hormonoterapia.

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