Prevenção

Desvio de septo: o que é, quais os sintomas e como tratar

A obstrução do nariz, os roncos durante a noite e até aquelas sinusites inesperadas e longas podem indicar que algo não está bem com o sistema respiratório. Muitas vezes, são sintomas do desvio de septo.

Desvio de septo é quando as duas narinas não são separadas de forma idêntica. Mas, diferente do que muitos pensam, o desvio de septo em si não é um problema.

A divisão desigual das narinas só se torna um distúrbio quando afeta as funções respiratórias. Há muitos casos de pessoas que têm desvio de septo, mas em quem a dificuldade de respirar é causada por outras doenças, como a rinite.

Afinal, o que é o septo?

O septo nasal é a parede que separa as cavidades nasais, ou seja, as narinas. Ele é formado por osso e cartilagem e revestido por mucosa. Em cada uma dessas cavidades, temos estruturas que filtram o ar que passa pelas narinas, antes de chegar aos pulmões.
O ideal é que as duas narinas sejam separadas igualmente. No entanto, isso raramente acontece, causando então o desvio de septo.

O que causa desvio de septo?

A diferença de tamanho entre uma narina e outra pode ser congênita – desde o nascimento – ou se manifestar na infância, durante o desenvolvimento dos ossos do rosto.

O desvio de septo pode ser provocado por consecutivos processos alérgicos crônicos, inflamatórios ou infecciosos. Cirurgias e traumatismo (batida forte no nariz que pode alterar a estrutura do septo) também entram nessa lista.

Sintomas de desvio de septo

Os sintomas do desvio de septo variam de pessoa para pessoa e também do grau do desvio, mais ou menos acentuado. Em alguns casos, não há efeito colateral, sendo assintomático.

Em outros, no entanto, o paciente pode reter secreções e ter sangramentos. Há, ainda, quem desenvolve rinossinusite crônica – inflamação e infecção do nariz por período superior a doze semanas.

Outros sintomas incluem respirar pela boca, dificuldade para dormir, roncos e dores de cabeça e na face. O cansaço também pode ser um sinal.

Entretanto, algumas pessoas só apresentam esses sintomas quando têm infecções das vias aéreas ou quando estão resfriadas. Isso porque essas condições agravam os sintomas do desvio de septo.

Como saber se tenho desvio de septo

O diagnóstico do desvio de septo deve ser feito pelo médico otorrinolaringologista, com análise dos sintomas e do exame clínico, a videoendoscopia nasal. Além disso, pode ser  realizada a tomografia computadorizada dos seios perinasais – cavidades cheias de ar situadas no interior dos ossos do nariz.

Para ter o diagnóstico preciso, é necessário avaliar se não há outros fatores de risco associados ao desvio de septo. Entre eles estão a presença de pólipos nas narinas ou de tumores.

Outro fato de risco tem a ver com os cornetos, também chamados conchas nasais, que compõem a estrutura nasal. A condição de hipertrofia dos cornetos, quando têm tamanho incompatível com o funcionamento nasal, pode também ser identificada pela(o) otorrinolaringologista.

Como tratar o desvio de septo

Diferente do que muitos pensam, a cirurgia não é a única forma de tratar o desvio de septo. Alguns medicamentos e descongestionantes nasais podem melhorar a respiração, evitando assim a necessidade de fazer o procedimento cirúrgico. Para isso, é preciso procurar um especialista, para avaliar o melhor tratamento para cada caso.

Tratamentos caseiros

Há também alguns tratamentos caseiros e naturais que podem aliviar a sensação de “nariz entupido”, como realizar lavagens periódicas. O ideal para lavagem é o uso de soro fisiológico ou água destilada com carbonato de sódio. Mas cuidado: não use água da torneira para lavar o nariz. Ela pode conter agentes químicos que irritam o organismo.

Cirurgia de desvio de septo

A cirurgia, por sua vez, é indicada quando o desvio de septo dificulta a passagem do ar pelas vias aéreas. O ideal é realizar o procedimento de septoplastia a partir do final da adolescência – quando o nariz parou de crescer.

No entanto, dependendo da situação, o procedimento pode ser indicado ainda na infância. Nesses casos, há maior risco de o desvio voltar, pois o nariz segue em desenvolvimento. A avaliação deve ser feita por um(a) especialista.

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