Prevenção

Quais os sintomas, as causas e o tratamento da malária

A malária é a doença de textos bíblicos e da 1ª Guerra Mundial. Apesar de ter sido descrita pela primeira vez no século V a.C, a malária ainda preocupa. Após conquistas globais que mostravam a erradicação da doença, o progresso está estagnado – ou pior, está revertendo.

Em todo o mundo, cerca de 216 milhões de casos da doença ocorreram em 2016, em comparação com 237 milhões de casos em 2010 e 210 milhões de casos em 2013. O principal desafio que os países enfrentam na luta contra essa enfermidade é a falta de financiamento sustentável e previsível.

O Brasil é um dos países que ainda tem o foco da doença. Preocupantemente, em 2017 o número de casos cresceu 50% no país, até a marca de 197 mil infecções, segundo o Ministério da Saúde (MS). A maioria dos casos se concentra na região Amazônica, nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Mas o MS alerta que, nas demais regiões, a doença não pode ser negligenciada.

O que é a malária

A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles. A cura é possível se a doença for tratada a tempo e de forma adequada. No entanto, apesar de ter cura, a malária pode evoluir para forma grave e provocar a morte do paciente.

Um recente estudo aponta que cães podem identificar pessoas infectadas por malária e que ainda não manifestaram os sintomas da doença. Ao cheirar a meia do paciente, os cães treinados na pesquisa conseguiram realizar o diagnóstico. A descoberta é uma poderosa aliada na prevenção da doença.

Sintomas da doença

Os sintomas da malária são febre alta, calafrios, tremores, sudorese e dor de cabeça, que podem ocorrer de forma cíclica. Muitas pessoas também sentem náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite.

A malária grave, por sua vez, caracteriza-se pelo aparecimento de um ou mais desses sintomas:

  • Prostração
  • Alteração da consciência
  • Dispnéia ou hiperventilação
  • Convulsões
  • Hipotensão arterial ou choque
  • Hemorragias

Transmissão da malária

A malária é transmitida por meio da picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada por Plasmodium, um tipo de protozoário. Estes mosquitos são mais abundantes ao entardecer e ao amanhecer, mas costumam picar durante a noite.

Apenas as fêmeas do mosquito podem transmitir a doença, logo, a malária não é contagiosa. Ou seja, uma pessoa doente não é capaz de transmitir a doença diretamente a outra pessoa. É necessário o vetor (mosquito) para realizar a transmissão.

O período de incubação da malária varia de acordo com a espécie de plasmódio causador da doença. No Brasil, o mais comum é o tipo Vivax, menos letal do que as variantes comumente presentes em outros locais da América Latina.

Prevenção

Não existe vacina contra a malária. Algumas substâncias capazes de gerar imunidade foram desenvolvidas e estudadas, mas os resultados ainda não são satisfatórios para a implantação da vacinação.

Por isso, o mais indicado para prevenir o contágio é uso de mosquiteiros, roupas que protejam pernas e braços, telas em portas e janelas e uso de repelentes.

Segundo o Ministério da Saúde, obras de drenagem e de saneamento para eliminar criadouros do mosquito vetor podem ajudar. Além disso, ajuda sanear aterros, limpar margens dos criadouros, modificar o fluxo da água, controlar a vegetação aquática, melhorar a moradia e as condições de trabalho e uso racional da terra.

Tratamento

Após a confirmação da doença, o paciente com malária recebe o tratamento em regime ambulatorial, com comprimidos que são fornecidos gratuitamente em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Somente pacientes em casos graves são hospitalizados de imediato.

O tratamento indicado depende de alguns fatores, como a espécie do protozoário infectante; a idade do paciente; condições associadas, tais como gravidez e outros problemas de saúde; além da gravidade da doença.

Quando realizado de maneira correta, o tratamento da malária garante a cura da doença.

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