Tratamentos

Entenda como funciona e quais os riscos da anestesia geral

A anestesia geral é uma técnica que deixa o paciente completamente sedado. Ou seja, a pessoa fica inconsciente e perde a sensibilidade e os reflexos do corpo, tornando-se incapaz de reagir a qualquer estímulo.

Essa técnica é indicada apenas para cirurgias complexas e demoradas, como a abdominal, torácica ou cardíaca. Em processos mais simples, são indicadas as anestesias local (em cirurgias dermatológicas e de extração de dente, por exemplo) e peridural (em partos ou cirurgias ginecológicas).

Anestesia geral é perigosa?

Por muito tempo, a anestesia geral foi temida pela população. Antigamente as anestesias gerais demoravam quase um dia para passar o efeito, o que levou à criação do mito que o procedimento é perigoso.

De acordo com o relatório Vita Health Report, da Sociedade Americana de Anestesiologia, 25% dos pacientes adiam uma cirurgia por receio de risco relacionado à anestesia e 75% manifestam preocupação com o procedimento.

Especialistas garantem que o procedimento é seguro e que facilita o êxito de cirurgias complexas. Além disso, médicas e médicos afirmam que o risco de morte devido à anestesia geral é muito baixo.

Riscos da anestesia geral

São raras as complicações exclusivas da anestesia geral. Em casos em que há problemas, eles tendem a ser consequência de algum problema que o(a) paciente já possuía, como doenças cardíacas, pulmonares ou renais, ou até complicações da própria cirurgia.

Em média, a taxa de mortalidade provocada pela anestesia geral é de 1 em cada 200 mil a 300 mil procedimentos, segundo a Sociedade Americana de Anestesiologia.

Onde é aplicada a anestesia geral?

Há duas formas de aplicar a anestesia geral. O remédio anestésico pode ser injetado diretamente na veia (geralmente, na parte de trás da mão) do paciente, ou ser inalado com uma máscara.

Vale lembrar que, em muitos casos, antes mesmo de entrar no bloco cirúrgico, o(a) paciente já toma um ansiolítico. Assim, a pessoa entra na sala de operação mais calma e sob menos estresse.

Tipos de anestesia geral

Os tipos de anestesia geral vão depender da forma de aplicação do remédio. A distinção também está no tempo que o anestésico leva para fazer efeito.

Anestesia na veia

Anestesia geral na veia é quando o medicamento anestésico é injetado diretamente na veia, causando sedação quase que imediata. O nível de sedação depende, é claro, da quantidade de medicamento.

O volume de remédio administrado é definido pela(o) anestesista de acordo com a complexidade e a duração da cirurgia. Também é levado em conta idade, peso, altura e condições de saúde do(a) paciente.

Anestesia por inalação

Anestesia geral por inalação é quando o paciente precisa inalar gases de medicamentos anestésicos. Geralmente, o procedimento é realizado utilizando-se de uma máscara.

Nesse caso, a anestesia demora mais para fazer efeito, pois precisa passar pelos pulmões antes de chegar no sangue e no cérebro. O tempo que a pessoa ficará sedada também depende do tempo da cirurgia.

Se para começar a fazer efeito a anestesia na veia é mais rápida, para tirar a pessoa da sedação quem ganha é a anestesia geral por inalação. O(a) paciente pode acordar em apenas alguns minutos, já que o efeito é cortado assim que se interrompe a liberação dos gases com medicamentos.

Independente do tipo de anestesia, é importante que a(o) paciente tenha os batimentos cardíacos, a pressão arterial e a respiração monitorados. Como a sedação é profunda, é essencial controlar os sinais vitais da pessoa.

Efeitos colaterais da anestesia geral

No processo de recuperação, pacientes podem ter alguns efeitos colaterais. Via de regra, são reações imediatas e que não tendem a se estender.

Os efeitos colaterais da anestesia geral são:

  • náusea;
  • vômitos;
  • dor muscular;
  • sensação de boca seca;
  • calafrios;
  • tontura;
  • dificuldade para urinar.

Além disso, algumas pessoas podem apresentar confusão mental e delírios – mas que, como já foi dito não duram muito tempo. Em idosos, o risco de delírios é maior.

Recuperação

Médicas e médicos buscam administrar a anestesia geral de modo que ela termine junto com o procedimento cirúrgico, ou seja, não estenda seus efeitos. Em alguns casos, antídotos são utilizados para reverter o efeito de sedação.
Aos poucos, o paciente começa a retomar a consciência. Dificilmente alguém se recorda do que ocorreu enquanto sob o efeito da anestesia geral.

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