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Oncologia ortopédica: o que é, qual o público de risco e como funciona o tratamento

É comum ouvirmos falar de câncer de estômago, mama, próstata e demais órgãos do nosso corpo. Mas são poucas as pessoas que conhecem o câncer que atinge o esqueleto – ossos, músculos e nervos.

A doença não é muito conhecida por ser considerada rara: apenas 1% dos carcinomas atingem os ossos. No entanto, é preciso redobrar a atenção para esse tipo de câncer, pois qualquer tumor pode desenvolver a metástase e atingir o esqueleto. Ou seja, um tumor em algum outro órgão pode chegar a ossos e músculos, agravando o quadro clínico geral.

O que trata a oncologia ortopédica?

A oncologia ortopédica trata tumores que acometem os ossos, músculos, tendões e cartilagens. Por serem as partes usadas nos movimentos do corpo, é preciso um(a) profissional especializado para diagnóstico e tratamento.

É importante observar, ainda, que apesar de mais raro do que outros tipos, o câncer no esqueleto não é uma “doença de idosos”, como muitos pensam. Diferente da osteoporose, por exemplo, os tumores são registrados majoritariamente em crianças e jovens.

Público de risco

A maior incidência de tumores ósseos é registrada em crianças a partir de um ano e jovens até 20 anos. O cuidado nessa faixa etária deve ser redobrado, uma vez que o câncer pode levar à perda do membro.

As metástases ósseas também afetam três em cada quatro pacientes com câncer de mama ou próstata avançado. Além disso, entre 30% e 40% dos pacientes com câncer de pulmão, rim e tireoide também desenvolver o câncer ósseo.

Sintomas

Os sintomas mais comuns são dores constantes e graduais em uma parte do corpo, além de inchaços. A dor no osso pode provocar a impotência do membro afetado, fazendo com que o paciente fique de cama.

Em crianças, os sintomas do tumor podem ser confundidos com os sintomas de contusões, já que as pequenas e os pequenos tendem a cair bastante ao fazer alguma atividade.

O diagnóstico precoce aumenta as chances de cura e de preservação do membro afetado. Por isso, ao notar os sintomas, procure um especialista.

Diagnóstico

O primeiro passo do diagnóstico são exames de imagem. Em músculos, nervos ou tendões, é realizado o ultrassom. Já em ossos, o exame é a radiografia.

Dependendo do resultado do exame de imagem, realiza-se a tomografia computadorizada, que permite a análise da lesão do osso. Além disso, a ressonância magnética, detalha a extensão da lesão, inclusive, no interior do osso.

Em alguns casos, para ter certeza do diagnóstico, é feita uma biópsia: a coleta de amostras de tecido onde há a lesão. A biópsia deve ser realizada pelo ortopedista oncológico, que procederá o tratamento da lesão.

Tratamento

O tratamento depende do tipo de tumor: os benignos são tratados com cirurgia. Já os malignos, além da cirurgia, requerem realização de quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e hormonioterapia.

Embora falar em cirurgia e câncer faça muita gente tremer, é preciso destacar que a cirurgia ortopédica oncológica avançou muito nos últimos anos. Novos métodos evitam a amputação de membros.

Além disso, há hoje muitas de técnicas de reconstrução, como próteses, enxerto ósseo, cimentação, transplante de osso. Com elas, é possível refazer o local onde o tumor foi removido e reabilitar o membro.

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